ACIM PRESS

sábado, 10 de novembro de 2012

Voto facultativo divide eleitores

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O número de brasileiros que apoiam o voto facultativo é cada vez maior. É o que mostra a mobilização popular na internet, onde vários sites colhem assinaturas para o abaixo-assinado contra o voto obrigatório.

Os defensores do voto facultativo se baseiam na última pesquisa Datafolha sobre o assunto, feita em maio de 2010, onde 48% dos entrevistados são favoráveis e 48% são contrários ao voto obrigatório. Na pesquisa anterior, feita em dezembro de 2008, a obrigatoriedade registrava de 53% a favor e 43% contra.

Em outra pesquisa, feita 14 dias após as eleições de 2010, foi diagnosticado um grave problema de memória no eleitor brasileiro. Mais de 30% dos eleitores já não lembravam em que deputado havia votado e 28% não lembravam em qual senador tinha depositado sua confiança.

O Historiador Bruno Isaías da Silva, especializando em História Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina e Instituto de Geografia e História Militar do Brasil IGHMB,acha que, com o fim da Ditadura Militar, o voto obrigatório era uma das formas mais claras de legitimar a Democracia. “O voto obrigatório tinha a função de universalizar o direito do cidadão e o obrigava a participar na vida política-pública brasileira”, diz o Professor.

Para alguns especialistas o voto obrigatório já não tem mais a mesma função de 20 anos, para eles o eleitor amadureceu e o voto facultativo teria mais sentido. O Professor Bruno explica que a sociedade atual está criando um novo olhar sobre a democracia. “A descrença política e a incapacidade de mobilização aumenta o desinteresse político. O eleitor não acha que seu voto possa mudar alguma coisa”, argumenta o pesquisador.

Ele ainda acrescenta que a reforma política deveria ter como principio o voto distrital, que também colocaria o eleitor e o político mais próximos, retirando do voto o peso negativo atual.

Para o Senhor Sebastião Romano, ex-taxista - 76 anos - que já não precisa mais votar, a obrigatoriedade deve continuar: “Só dessa maneira as novas gerações criarão o mesmo hábito que o meu, o de ir as urnas exercer minha cidadania”, argumenta o aposentado. O não votar também pode ser encarado como uma posição consciente, como explica Madger Damião, que prefere justificar a ir às urnas.

O testador de games - 26 anos - morava em Osasco e se mudou para Jandira. “Já poderia ter mudado meu domicílio eleitoral, mas prefiro justificar. Não me sinto representado por esses políticos atuais”, afirma o jovem.

A tentativa, em 2010, da nova reforma eleitoral mudar o voto de obrigatório para facultativo pode ter falhado, mas as mobilizações dos que querem ver seus direitos respeitados, não para.

Os dois principais sites, coletores de assinaturas para o abaixo-assinado contra o voto obrigatório, são: WWW.ABAIXOASSINADO.ORG e WWW.PETICAOPUBLICA.COM.BR."
O número de brasileiros que apoiam o voto facultativo é cada vez maior. É o que mostra a mobilização popular na internet, onde vários sites colhem assinaturas para o abaixo-assinado contra o voto obrigatório.

Os defensores do voto facultativo se baseiam na última pesquisa Datafolha sobre o assunto, feita em maio de 2010, onde 48% dos entrevistados são favoráveis e 48% são contrários ao voto obrigatório. Na pesquisa anterior, feita em dezembro de 2008, a obrigatoriedade registrava de 53% a favor e 43% contra.

Em outra pesquisa, feita 14 dias após as eleições de 2010, foi diagnosticado um grave problema de memória no eleitor brasileiro. Mais de 30% dos eleitores já não lembravam em que deputado havia votado e 28% não lembravam em qual senador tinha depositado sua confiança.

O Historiador Bruno Isaías da Silva, especializando em História Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina e Instituto de Geografia e História Militar do Brasil IGHMB,acha que, com o fim da Ditadura Militar, o voto obrigatório era uma das formas mais claras de legitimar a Democracia. “O voto obrigatório tinha a função de universalizar o direito do cidadão e o obrigava a participar na vida política-pública brasileira”, diz o Professor.

Para alguns especialistas o voto obrigatório já não tem mais a mesma função de 20 anos, para eles o eleitor amadureceu e o voto facultativo teria mais sentido. O Professor Bruno explica que a sociedade atual está criando um novo olhar sobre a democracia. “A descrença política e a incapacidade de mobilização aumenta o desinteresse político. O eleitor não acha que seu voto possa mudar alguma coisa”, argumenta o pesquisador.

Ele ainda acrescenta que a reforma política deveria ter como principio o voto distrital, que também colocaria o eleitor e o político mais próximos, retirando do voto o peso negativo atual.

Para o Senhor Sebastião Romano, ex-taxista - 76 anos - que já não precisa mais votar, a obrigatoriedade deve continuar: “Só dessa maneira as novas gerações criarão o mesmo hábito que o meu, o de ir as urnas exercer minha cidadania”, argumenta o aposentado. O não votar também pode ser encarado como uma posição consciente, como explica Madger Damião, que prefere justificar a ir às urnas.

O testador de games - 26 anos - morava em Osasco e se mudou para Jandira. “Já poderia ter mudado meu domicílio eleitoral, mas prefiro justificar. Não me sinto representado por esses políticos atuais”, afirma o jovem.

A tentativa, em 2010, da nova reforma eleitoral mudar o voto de obrigatório para facultativo pode ter falhado, mas as mobilizações dos que querem ver seus direitos respeitados, não para.

Os dois principais sites, coletores de assinaturas para o abaixo-assinado contra o voto obrigatório, são: WWW.ABAIXOASSINADO.ORG e WWW.PETICAOPUBLICA.COM.BR.

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